♣ Veja aqui tudo que você precisa saber sobre o Circuito do Abraão, trilha que percorre diversos atrativos históricos e naturais da Vila do Abraão, na Ilha Grande.
O Circuito do Abraão (T1) consiste numa trilha leve que passa por vários pontos históricos e atrativos naturais, na parte turística da Vila de Abraão, principal porto de entrada da Ilha Grande. Então o primeiro passo é chegar até a ilha Grande. Da uma olhada no artigo abaixo.
✦ Ilha Grande: como chegar, quando ir, o que fazer
♦ Tudo sobre o Circuito do Abraão
Localização (clique no link) Início do Circuito (ao lado da guarita do Parque) Distância (ida e volta) - Tempo em movimento (ida e volta) - Dificuldade Leve
O Circuito do Abraão começa logo após a cabine de fiscalização do PEIG (Parque Estadual da Ilha Grande) no canto mais a esquerda de Abraão (pra quem está olhando para o mar). Basta clicar no link pra ser direcionado para lá no GPS.
Depois dessa cabine, que marca a entrada do PEIG, tem uma ponte; passando dessa ponte, começa o circuito, com dois caminhos a seguir; tanto faz qual escolher, pois ambos retornam ao mesmo ponto. Escolhi seguir pela direita, beirando a praia. Os principais atrativos são os seguintes:
» Igreja Católica de São Sebastião
Breve história: “A igreja católica de São Sebastião é um dos principais pontos turísticos da Vila do Abraão. Impossível passar pela vila sem conhecer esta referência histórica e cultural da Ilha Grande, que fica localizada bem na praça principal do Abraão. A igreja tem o mesmo nome do santo padroeiro do Rio de Janeiro. A igreja de São Sebastião tem mais de 150 anos de existência. Foi construída antes da visita de D. Pedro II a então Fazenda do Holandês (hoje, Vila do Abraão). O Imperador chegou em 1863 na Praia das Palmas, para liberar o comando de sua embarcação ao prático que lá vivia, e este, conduziu-a até ao Abraão onde pernoitaram, por causa do mar revolto. Sua Majestade passa a noite na Fazenda do Holandês e no dia seguinte, antes de prosseguir viagem, dá uma contribuição para a construção da porta principal da igreja, que até então, só possuía a porta lateral.“
» Praia do Corisco / Pedra do Corisco
No decorrer da caminhada você passará pelo Mirante do Pescador e mais à frente por uma pedra rachada, conhecida como Pedra do Corisco (dizem os antigos que esta pedra foi atingida por um raio – corisco), na Praia do Corisco.
» Praia Preta
Com águas cristalinas e areia preta, essa praia tem uma beleza bem particular ;
Breve história: “A água doce vem do córrego do Abraão que, antigamente, servia para abastecer o hospital de quarentena (lazareto). Aliás, a maior parte dos fragmentos que compõem a areia escura da Praia Preta foram trazidos pelas águas deste córrego. São provenientes das rochas que constituem a Ilha Grande e foram alterados pela ação das chuvas, ventos, mar e Sol.”
» Ruínas do Lazareto
No fim da Praia Preta tem umas ruínas encobertas por plantas e raízes, são as Ruínas do Lazareto. Para continuar no circuito, siga pelo caminho que passa por trás das ruínas;
Breve história: “As ruínas do antigo Lazareto da Ilha Grande fazem parte das atrações do Circuito do Abraão. O Lazareto foi construído em 1871 para receber passageiros enfermos que chegavam ao Brasil vindos de outros países. O Lazareto funcionou como hospital de quarentena até 1913, quando foi totalmente desativado.Com a explosão da Revolução Constitucionalista em São Paulo em 1932, Getúlio Vargas reabre o Lazareto que volta a funcionar como presídio. Neste período passaram por lá alguns imortais como o escritor Orígenes Lessa.Com a construção do novo presídio (IPCM), os presos, que estavam no Lazareto, foram transferidos para Dois Rios e em 1954 o então governador Carlos Lacerda mandou demolir o Lazareto com tiros de canhão. Hoje, restam apenas as ruínas da parte subterrânea, algumas colunas, envoltas por raízes de árvores, a base do edifício, com extenso muro de pedras de mão e as ruínas da antiga ponte transformadas em celas de presídio. O local pode ser visitado, gratuitamente, apenas na parte externa’
» Poção (Cachoeira dos Escravos)
Em determinado ponto vai ter uma trilha subindo à esquerda, levando ao Aqueduto e Poção. Para continuar no circuito siga por ela – A trilha em frente vai dar na Praia do Galego;
Durante a subida, a trilha passa por vestígios de construções que pertenceram ao Lazareto. À esquerda, corre o rio que forma o Poção, que está logo adiante, junto ao Mirante da Praia Preta, dois atrativos muito próximos um do outro;
Breve história: “Seu nome oficial éCachoeira dos Escravos, pois, a Ilha Grande foi um famoso entreposto do tráfico ilegal de escravos até a abolição da escravatura em 1888. Os escravos trabalharam no cultivo do café entre 1772 e 1890 e a história conta que eles eram amarrados nas pedras da cachoeira do Poção para que pudessem se banhar.”
» Aqueduto
Depois a trilha começa a descer até chegar à base do Aqueduto, onde uma placa conta um pouco da sua história. O Aqueduto é onde começa a trilha T02 (Aqueduto – Saco do Céu), que leva à Cachoeira da Feiticeira;
Breve história: “Após a ativação do Lazareto, se fez necessário a construção de um aqueduto para abastecer o hospital de quarentena. A água, vinda do córrego do Abraão, chegava aos reservatórios através do aqueduto a uma vazão de 1000 litros por hora. O aqueduto da Ilha Grande foi construído, com pedras esculpidas pelos escravos e óleo de baleia, em 1893. Possui 125 metros de extensão e 30 metros de altura. Junto à cabeceira do aqueduto, existe uma pedra em forma de sofá, onde Dom Pedro II costumava sentar para ler sobre botânica, escrever seus poemas e desenhar a bela paisagem a que assistia ou os jardins que pretendia construir.”
De lá, para completar o Circuito do Abraão, retorne para a entrada do PEIG;
♦ Mapa / GPS
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Espero que tenha curtido o post e tirado suas dúvidas sobre essa trilha. Se tiver mais dúvidas, fique à vontade para comentar aqui no post! Um grande abraço e que nossos caminhos se cruzem pelas trilhas da vida!
2 comentários
Muito Obrigado a todos os envolvidos com este site que foi MUITO BOM para matar as saudades deste lugar especial, Estive nesta ilha nos anos 80 e tenho muita saudade e cada vez é maior a vontade de voltar lá.
Que incrível relato, Roberto! Agradecemos o comentário. Muito bom saber da sua história!