♣ O Circuito das grutas e cachoeiras faz parte do Parque Nacional da Tijuca – PNT e é um dos passeios mais interessantes da floresta, com diversas grutas, cachoeiras e ruínas históricas, para visitar. Confira abaixo a ficha técnica desta trilha.
O Circuito das Grutas e Cachoeiras faz parte do Parque Nacional da Tijuca (PNT) – Parna Tijuca para os mais íntimos – unidade de conservação do país com maior número de visitantes por ano em todo o Brasil. É um passeio super interessante, que passa por locais históricos e atrativos naturais dentro da Floresta da Tijuca.
♦ Tudo sobre o Circuito das grutas e cachoeiras
» Onde começa o Circuito das grutas e cachoeiras
O Circuito das Grutas e Cachoeiras da Floresta da Tijuca, como o próprio nome já diz, é uma trilha que percorre diversas grutas, cachoeiras e ruínas históricas e retorna para o ponto de início pela estrada de asfalto, formando um circuito.
A trilha começa no lado oposto ao do estacionamento do Restaurante A Floresta. (se estiver de carro ou UBER clique no nome ao lado para pegar as coordenadas). Atravessando a estrada tem uma placa indicando “Circuito das Grutas“ ou apenas “Grutas“.
Para quem for utilizar o transporte público, recomendo o aplicativo MOOVIT, que apresenta as melhores linhas e rotas. Para acessar o aplicativo direto nessa rota, clique aqui. Se for de ônibus você tem que saltar na Praça Afonso Vizeu e caminhar até o ponto inicial da trilha. É uma longa subida na estrada asfaltada que percorre toda a floresta.
» Como fazer o Circuito das Grutas e Cachoeiras
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Localização (clique no link) Estacionamento (início da trilha) Distância total 6 km Tempo total 2 horas Dificuldade Leve
O caminho é bem tranquilo, de baixa dificuldade, o que é ideal para famílias ou pessoas que queiram passear sem a necessidade de contratar um guia. Durante toda o percurso, tem placas de sinalização indicando os atrativos (grutas e ruínas). Abaixo falarei dos principais atrativos do Circuito das Grutas:
» Ruínas do Sítio Midosi
Logo no início do Circuito das Grutas tem uma bifurcação que possibilita ao visitante conhecer as Ruínas do Sítio Midosi. Trata-se de um desvio “bate-volta’ que dura menos de 5 minutos. Vale a pena!
Breve história: “O Sítio Midosi, do cafeicultor francês Guilherme Midosi, foi a propriedade de café que durante mais tempo produziu o grão nas áreas do atual Setor Floresta do Parque Nacional da Tijuca. Na época em que começou o processo de reflorestamento, este sítio serviu para que o Major Archer se estabelecesse na casa grande e seus seis escravos, na senzala. Também foi ali que Archer criou o primeiro horto florestal para produção das mudas que iria utilizar no replantio. Alguns vestígios da casa, as muralhas e o largo para secagem do café ainda podem ser observados nessa área“
» Gruta do Belmiro | Gruta do Archer
Após curta caminhada, cruzando a Estrada dos Picos e a Estrada Major Archer, avista-se a placa indicando a Gruta do Belmiro, nome dado em homenagem a um cafeicultor, que ajudou no reflorestamento do local.
Retornando à trilha principal, basta seguir por alguns minutos que, em pouco tempo, já dá pra ver a entrada da Gruta do Archer, nome em homenagem ao Major Archer que promoveu o reflorestamento do parque.
» Gruta dos Morcegos e Gruta Bernardo de Oliveira
Continuando a trilha, sempre se guiando pelas placas, mais a frente, a sinalização indica o caminho para duas grutas: Gruta dos Morcegos e Gruta Bernardo de Oliveira. Esse caminho também leva a um enorme paredão rochoso, utilizado para prática de escalada, chamado Campo Escola 2000.
Aliás, a Gruta do Morcego é a atração principal do passeio. Ela é frequentemente citada como a terceira maior do Brasil. Por isso, é muito visitada para para estudos geológicos. Ela mede cerca de 20 metros de altura, 8 de largura e 100 de comprimento. Se der sorte, dá pra fazer umas fotos lindas quando os raios de Sol batem dentro da gruta por meio de uma entrada no topo da caverna. É incrível!
» Gruta da Gabriela | Ruínas do Sítio Humaitá
Novamente retomando o caminho principal e, logo após cruzar o Rio Archer, está a Gruta Gabriela, um enorme paredão rochoso com uma fina queda d´água. A gruta não tem nada de especial, mas serve de ponto de referência para quem segue para a Cascata Diamantina, outro belíssimo atrativo da Floresta da Tijuca.
Subindo por uma trilha sinuosa à esquerda da Gruta Gabriela, tem uma bifurcação com três caminhos diferentes. Para continuar no Circuito das Grutas e Ruínas, siga a trilha que sobe o morro. Essa trilha termina nas Ruínas do Sítio Humaitá.
Breve história: “O sítio do Humaitá foi comprado em 1850 pelo Barão de Bom Retiro para seu único filho, que viveu ali por alguns anos. Com a Guerra do Paraguai, este se alistou no exército brasileiro e partiu para o combate, morrendo na batalha do Humaitá. Este episódio afetou profundamente o Barão, que em homenagem ao filho conseguiu mudar o nome do sítio, que a esta altura já estava desapropriado para fins do reflorestamento. Em 1996, boa parte da edificação que ainda se encontrava bem preservada, desabou com o forte temporal da época, restando apenas o conjunto de ruínas que vemos hoje”
» Bosque dos Eucaliptos e Ruínas da Fazenda
Retornando para a bifurcação, agora seguindo pelo caminho à direita (para quem vem das ruínas do sítio humaitá) até chegar à Estrada Major Archer, por onde passam carros, e descendo pelos asfalto até uma estrada de terra, você passa pelo Bosque dos Eucaliptos e chega até as Ruínas da Fazenda.
Breve história: “Esta Fazenda pertenceu ao Visconde de Asseca até 1867, quando foi desapropriada para o reflorestamento e passou a abrigar Luíz Fernandes, dedicado funcionário, que auxiliou Magalhães Castro, sobrinho do Barão do Bom Retiro a continuar o trabalho de reflorestamento no final do século XIX. Com o início da República, Magalhães foi convidado a administrar a floresta e, entre 1890 e 1894, deu continuidade ao reflorestamento. A casa, que foi cenário do filme “Inocência”, desabou nas chuvas de 1996 e hoje encontra-se em ruínas”
» Gruta Paulo e Virgínia e Vista do Almirante
Voltando pelo mesmo caminho, mas agora seguindo pela Estrada Major Archer, em sentido contrário aos carros, sempre caminhando pelo asfalto, você chega até a Vista do Almirante, mirante voltado de frente para a Pedra da Gávea, Pedra Bonita e Agulhinha da Gávea. O local, indicam alguns guias, seria uma homenagem ao Almirante Beaurepaire, avô do antigo administrador do parque.
Antes de retornar ao início, ainda dá tempo para tomar um banho de cachoeira nas águas da Cascata Baronesa, que fica ao lado da Gruta Paulo e Virgínio. O local ainda conta com outras quedas. Depois basta seguir a estrada de asfalto de volta ao ponto de início.
♦ Curiosidades sobre o Parque Nacional da Tijuca
→ O Parque Nacional da Tijuca (PNT) é divido em 4 (quatro) setores: Setor Floresta da Tijuca, Setor Serra da Carioca, Setor Pedra Bonita/Pedra da Gávea e o Setor Pretos Forros/Covanca;
→ O Setor Floresta da Tijuca é composto pela Floresta da Tijuca, uma das maiores florestas urbanas do mundo. São diversos atrativos naturais, dentre eles o Pico da Tijuca, segundo maior pico da cidade, o Bico do Papagaio, a Cachoeira das Almas, o Circuito das Grutas entre outros;
→ O Setor Serra da Carioca é composto pelas Paineiras (Mesa do Imperador, Vista Chinesa, Cachoeiras do Horto, Cachoeira dos Primatas, etc), Parque Lage e Morro do Corcovado, base da estátua do Cristo Redentor – uma das sete maravilhas do mundo;
→ O Setor Pedra Bonita/ Pedra da Gávea é composto pela Pedra da Gávea, maior monólito (montanha constituída por uma única e maciça pedra ou rocha) à beira mar do mundo, Cachoeira da Pedra da Gávea, Pedra Bonita e Agulhinha da Gávea;
→ O Setor Pretos Forros / Covanca ainda não tem estrutura para visitação e, por estar em zona de recuperação, não está disponível para visitação;
→ O Parque possui um programa de voluntariado que permite que suas estruturas se mantenham sempre bem conservadas para a visitação. SEJA UM VOLUNTÁRIO no PNT;
→ Caso queira ajudar, mas não possua tempo disponível, SEJA UM AMIGO DO PARQUE;
→ Para maiores informações, acesse o site oficial do Parque Nacional da Tijuca
♦ Orientações
- Animais domésticos não pertencem à fauna silvestre e devem permanecer fora dos limites do Parque;
- Alimentar a fauna é prejudicial para a preservação das espécies
- O fogo pode causar destruição e oferece perigo;
- Deposite seu lixo em local apropriado ou o leve de volta para casa;
- Oferendas religiosas se deixadas no Parque, poluem os rios, sujam a mata e afetam os animais;
- Os banhos de cachoeira são permitidos somente nas cachoeiras do Horto (Quebra, Chuveiro, Primatas), na cachoeira das Almas (no setor Floresta) e duchas das Paineiras;
- Atalhos causam erosão. Utilize a trilha oficial;
- O uso de bicicletas só é permitido nas vias asfaltadas ou nas trilhas de Mountain Bike;
- O pernoite só é permitido, em casos especiais, mediante autorização;
- Caminhões, ônibus de grande porte e carros de auto-escola devem usar outra rota;
- É necessária autorização da administração do Parque para realizar filmagens de cunho comercial, jornalístico, bem como eventos e produções de qualquer outra natureza;
- A utilização de equipamentos e instrumentos sonoros afeta o ecossistema, sendo permitida somente mediante autorização;
- Para comercialização de produtos no PNT é necessária autorização da administração;
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Espero que tenha curtido o post e tirado suas dúvidas sobre essa trilha. Se tiver mais dúvidas, fique à vontade para comentar aqui no post! Um grande abraço e que nossos caminhos se cruzem pelas trilhas da vida!