♣ Veja aqui tudo que você precisa saber sobre o Pico Paraná, com seus 1.877 metros de altitude, considerado o maior pico de toda a região sul do Brasil.
O Pico Paraná, também chamado carinhosamente de PP, é a montanha mais alta da Região Sul do Brasil. É uma formação rochosa de granito e gnaisse, no conjunto de serra chamado Ibitiraquire, que na língua tupi significa “Serra Verde“.
O conjunto principal do maciço que compõe o Pico Paraná é formado por três cumes: pelo próprio Pico Paraná, Pico União e Pico Ibitirati. Neste último está o mais alto paredão de granito do Brasil, com 1050m de altura, com inclinações que variam dos 70° aos 90°. Neste artigo, você terá todas as informações úteis para colocar essa trilha na sua lista de lugares a visitar:
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♦ Onde fica e como chegar
O Pico Paraná integra o Parque Estadual Pico Paraná (PEPP). Sua trilha começa dentro da Fazenda Rio das Pedras, localizada entre os municípios de Antonina e Campina Grande do Sul, cerca de 70 km de Curitiba, capital do Paraná.
Para quem vai iniciar a viagem de regiões mais distantes, como foi o meu caso, o trecho aéreo é a primeira parte da viagem. O aeroporto mais próximo do Pico Paraná é o Aeroporto Internacional Afonso Pena, em Curitiba (CWB).
Do centro de Curitiba ate a Fazenda é uma distância grande, cerca de 70 km, sendo 5 km em estrada de terra. Se estiver de carro, clique aqui. Esse link vai abrir seu aplicativo de navegação com a rota já programada para a Fazenda Rio das Pedras (caso não tenha aplicativos para essa finalidade, recomendo baixar Waze ou Google Maps).
Chegando no local, há dois estacionamentos. Fiquei no segundo e recomendo. Além de ser mais próximo ao início da trilha, o valor cobrado é mais barato e ainda disponibilizam banheiros e café da manhã pago. Ainda tem uma cachoeira próximo ao estacionamento.
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♦ Tudo sobre a Trilha do Pico Paraná
Localização (clique no link) Estacionamento da Fazenda Rio das Pedras Distância (ida e volta) 18 km Tempo em movimento (ida e volta) 10-12 horas Dificuldade Difícil Valor do Ingresso Grátis
Antes de iniciar a trilha e, depois, na volta, você tem que passar pelo posto de controle do IAT – Instituto de Água e Terra (antigo IAP) – para assinar o termo de responsabilidade.
Com aproximadamente 18 km de extensão, ida e volta, a Trilha do Pico Paraná é considerada de nível difícil e na maior parte do tempo ela consiste em subidas e descidas em meio a troncos pedras e raízes.
O ideal é você reservar um dia inteiro para fazer esta trilha. Comece de manhã bem cedinho, pois o sol castiga e não tem muitas sombras pelo caminho. Volte antes do anoitecer, assim você não terá preocupações e poderá aproveitar ao máximo. Ainda, muitas pessoas vão de madrugada pra curtir o nascer do Sol.
A trilha do Pico Paraná começa com uma subida tranquila, mas muito longa, cerca de uma hora e meia percorrendo a encosta do Morro do Getúlio. Essa primeira parte parece infinita; chega a ser entediante, principalmente na volta. Pra piorar tem um trecho, chamado por alguns de “Pântano“, onde o solo costuma ficar encharcado e muito lamacento, principalmente na época de chuva. De positivo, as vistas incríveis do Mirante da Pedra do Grito e do cume do morro.
Esse trecho termina numa encruzilhada, com diversas bifurcações que levam a diferentes picos, mas não se preocupe, pois lá tem uma placa de sinalização! A partir da bifurcação, você entra no Vale e a trilha vai ficando cada vez mais fechada, passando por entre árvores enormes e emaranhados de raízes – alguns trechos, mais complicados, têm cordas e ganchos presos às rochas para auxiliar a passagem.
Antes de sair do Vale ainda tem uma bifurcação sinalizada por placa com uma trilha que leva ao Pico Itapiroca, outro atrativo bastante conhecido da região. ao sair do Vale a trilha sai de dentro da floresta e passa a percorrer a crista dos morros, rodeada por um verdadeiro “mar de Caratuvas” – planta típica da região, que assemelha-se a uma mistura de pinheiro com bambu, com cerca de 1,20m de altura, até chegar ao acampamento A1.
Alguns minutos após o A1, começa o trecho mais difícil da trilha, mas, talvez, o mais bonito, também. São, pelo menos, três trechos íngremes, onde é necessário usar os grampos presos às rochas para escalar. Alguns desses trechos são próximos à penhascos e ribanceiras, portanto vá com muito cuidado!!!
Passado esse desafio, a boa é parar num mirante lindo, que tem vista para o Vale e recuperar as energia – além de tirar umas boas fotos, claro! Do mirante pro acampamento A2 é um trecho curto, mas bem traiçoeiro de subida no meio de rochas enormes. Além do risco de cair nas ribanceiras, é muito fácil se perder nessa parte, porque são vários caminhos que seguem diferentes direções e todos com cara de trilha.
O acampamento A2 é o mais próximo ao cume do Pico Paraná, mas, ainda assim, está a aproximadamente uma hora de caminhada de lá e, geralmente, costuma ficar bem cheio. Por isso, algumas pessoas acampam nos entorno do cume, apesar de não ser permitido.
Já bem próximo ao cume, ainda tem uns trechos curtos com grampo, mas que demandam cuidado, por conta do risco de cair no precipício. É extremamente importante prestar atenção onde pisa e ter cuidado pra não se apoiar nas plantas! O cume do Pico Paraná tem 1.877 metros de altura e é o mais alto de toda a região sul do Brasil.
Se você chegou até lá, se delicie com esse momento: sinta a brisa das correntes de ar, aprecie a vista da interminável cadeia de montanhas, feche os olhos e se entregue ao momento. Você é um vencedor! Encarou de frente os obstáculos e superou todos eles… Testou seus limites físicos e psicológicos e elevou eles a outro patamar!
♦ Mapa / GPS
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♦ Dicas úteis
- Apenas leve o que você for capaz de carregar. O peso da mochila pode fazer total diferença entre você conseguir ou não terminar a trilha;
- A trilha tem muita oferta de água potável, mas como é muito longa, é de extrema importância ir bem abastecido de alimentos, principalmente frutas, grãos e carboidrato de rápida absorção;
- Calcule bem o tempo antes de iniciar a trilha, para não correr o risco de acontecer o que houve conosco. Acabamos começando muito tarde – em torno de meio dia – e tivemos que retornar de madrugada, com péssima visibilidade e já exaustos;
- Preste atenção no clima! Cada estação demanda uma preparação específica: no verão, costuma chover muito na região e o sol é bem mais intenso; já no inverno, é bem mais frio, mas pelo menos a chance de pegar dias ensolarados é maior!
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Espero que tenha curtido o post e tirado suas dúvidas sobre essa trilha. Se tiver mais dúvidas, fique à vontade para comentar aqui no post! Um grande abraço e que nossos caminhos se cruzem pelas trilhas da vida!